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INFORME SOBRE A TERCEIRA RODADA DE NEGOCIAÇÃO COLETIVA DOS FRENTISTAS DE MINAS GERAIS. PATRONAL TRIPUDIA TRABALHADORES, NÃO APRESENTA PROPOSTA E NOMEIA BACANA PARA TENTAR TIRAR DIREITOS DA CCT

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Se a classe trabalhadora é quem produz a riqueza dos seus patrões, ela deve ser, ao menos, minimamente, respeitada por tais senhores. O Minaspetro, sindicato dos proprietários dos postos de combustíveis, infelizmente, não sabe, ou melhor, finge nãos saber disso.
Ontem, 26.01.2017, realizamos a terceira rodada da negociação coletiva 2016, após duas rodadas havidas ainda ano passado, entre as entidades sindicais profissionais que representam os frentistas do estado de Minas Gerais e o referido sindicato patronal. A reunião de ontem ocorreu cerca de cinquenta dias após nossa última assentada, que havia se dado há cerca de 50 dias atrás, onde a patronal havia sinalizado sua intenção de arrochar ainda mais os trabalhadores, tentando jogar para estes o preço da crise que o governo e eles, os patrões, meteram o país. Ainda, assim as entidades de trabalhadores deixaram para os patrões quatro propostas uma sobre reajusta salarial, outra sobre o aumento da cesta básica, outra sobre premio PLR e outra sobre tíquete refeição. São poucas as proposta pois a atual negociação coletiva versa apenas sobre cláusulas econômicas e, nas duas reuniões anteriores, os patrões acenaram que com uma pauta com menor número de pedidos, seria mais possível atender, ao menos em parte nossas reivindicações.
Entretanto, para surpresa e indignação dos advogados e dos sindicalistas que representam os trabalhadores em postos de combustíveis do estado de Minas Gerais, presenciamos um total descaso do MINASPETRO com a negociação coletiva, pois a bancada patronal além de estar desfalcada de um dos seus principais membros, teve como seu interlocutor o senhor, Clever Bretas (FOTO), negociador patronal profissional, que durante o tempo todo que durou a reunião, além de demonstrar desconhecimento da realidade do mundo do trabalho nos postos de combustível do estado de Minas Gerais, atacou a Convenção Coletiva vigente, chegando ao ponto de dizer que ela é um farol que aponta para trás, querendo dizer com isso que ela estaria errada pois garante alguns direitos para os trabalhadores e obrigações para os patrões.
Durante todo o tempo que durou a reunião, o Minaspetro, por meio do Sr. Clever, não fez qualquer manifestação acerca dos pontos (quatro pontos acima mencionados) que deveria tratar pelo que ficou combinado na reunião anterior. Apenas fez o discurso de crise e, ainda, tentou arrancar poucos direitos que os frentistas mineiros têm hoje, como a garantia de dois domingos de folga por mês .
Diante desta situação, as entidades sindicais representantes dos frentistas deram a reunião por encerrado, condicionando a retomada às negociações diretas à apresentação da resposta do Minaspetro ao pedido de reajuste salarial, de cesta básica, de PLR e de criação de tíquete refeição, além de exclusão do Sr. Cléver Bretas da bancada profissional.
Adriano Espíndola Cavalheiro, Advogado dos Sindicatos Profissionais de Uberaba, Montes Claros e Patos de Minas.

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