A nomeação da pastora Damares Alves como ministra é uma das expressões mais perversas do machismo no atual momento, pois, ao mesmo tempo que seu nome foi escolhido como modo de dizer que haverá representatividade feminina no futuro governo Bozo, sendo ela pastora fundamentalista, fica bem claro que as políticas do futuro governo para direitos humanos e para mulheres, seguirão o viés do conservadorismo.
Não sem motivos, Damares traz à baila novamente o estatuto do nascituro, que sob a desculpa de proteger uma vida que, cientificamente sequer ainda está formada, entre outras medidas, busca criminalizar todo tipo de aborto, inclusive, o decorrente de estupro.
Além disso, pretende o governo Bozo, com o referido ministério reduzir o papel da mulher apenas como o do lar, da família. Não sem motivos o Ministério se chama Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos .
Mudando o que tem que ser mudado, a Pastora Damares, cumprirá o mesmo papel cumprido pelos Capitães do Mato durante a escravatura. O papel daqueles que lutam contra os seus. Ela é uma mulher no qual o machismo encontrou um forte instrumento para se reproduzir e ampliar.
Deste modo, ainda que eu lamente e repudie o fato da hoje pastora e futura ministra, quando criança, ter sido abusada sexualmente, motivo pelo qual retirei todos os post's que havia feito sobre a história da goiabeira, uma vez que a visão de Jesus se deu dentro de um contexto justificável, não muda minha opinião sobres Damares: Uma inimiga das mulheres em especial e dos trabalhadores (e trabalhadoras) como um todo, que assim como Bolsonaro, deve ser enfrentada e derrotada.
Adriano Espíndola Cavalheiro – Advogado, articulista, militante político e social.
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